Augusto Aras envia para STF inquérito, e cobra depoimentos de outros integrantes, e mais provas para análise

Augusto Aras, procurador da república, enviou ao ministro Celso de Mello do STF o inquérito a respeito das declarações de Sérgio Moro, ex-ministro da justiça, e agora pede que novos depoimentos sejam prestados por três militares que ocupam cargo de ministro no governo: Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência), e Walter Souza Braga Netto (Casa Civil).

Também inclui para ouvir a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), também citada pelo Moro nas declarações contra Bolsonaro.

Augusto Aras também pediu cópia de imagens de uma reunião realizada no dia 22 de abril no Palácio do Planalto, onde então Bolsonaro supostamente teria cobrado do ex-ministro Sérgio Moro a substituição do diretor da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

Também pede os comprovantes de autoria e integridade das assinaturas digitais referentes ao decreto de exoneração de Valeixo do cargo da instituição.

Caso Bolsonaro seja considerado culpado de crimes de obstrução de justiça, um processo de impeachment pode acabar ocorrendo, provavelmente nos mesmos moldes do caso da ex-presidente Dilma Rousseff. Porém, se Moro for contestado, ele poderá sofrer com denunciação caluniosa e responderá pelos seus atos, colocando em xeque a operação Lava Jato enquanto estava sob sua supervisão.

Todo este problema no governo, pode provocar uma reação em cadeia a favor do PT, de um lado a Lava Jato poderá livrar Lula para voltar a ser um candidato à presidência, caso tenha todos os seus crimes revogados por ação ilegal de Moro, e de outro, com Bolsonaro sofrendo um impeachment, não será mais elegível, tendo provavelmente um ano de 2022 com João Doria e Gleisi Hoffmann disputando pelo poder. Há boatos que Gleisi seja um nome mais relevante, já que Fernando Haddad não chegou a ganhar as eleições de SP para prefeito, e as eleições de 2018 foi a pior eleição para o PT, e colocando uma mulher, ganha apoio da ala feminista; entretanto, nada está confirmado, e são apenas boatos, pois ainda não há sequer ideia de quem serão os candidatos para 2022.

Fonte: https://www.conjur.com.br/2020-mai-04/pgr-oitiva-militares-pericia-celular-moro