Com avanço da vacinação, mortes por covid-19 caíram 46% em SP
Com o avanço da vacinação, as mortes por covid-19 caíram 46% entre março e junho deste ano no estado de São Paulo. A informação foi dada hoje (14) pelo governo paulista.
Segundo o governador de São Paulo, João Doria, no mês de março, pico da segunda onda da pandemia, a proporção dos pacientes que morriam após internação por covid-19 era de 31%. Em junho, essa proporção passou para 19%. “A queda acentuada da letalidade por covid-19 em São Paulo é resultado dos altos índices de cobertura vacinal”, disse Doria.
Nesse mesmo período, o número de pacientes internados caiu 44%. “Seguramente, isso mostra o impacto da vacinação e essa redução será ainda maior à medida em que estamos progredindo a vacinação para mais faixas etárias”, disse Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde.
Hoje há 7.812 pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) do estado e 7.664 em enfermarias. A taxa de ocupação de UTIs é de 64,95% em todo o estado. Há uma semana, o número de pacientes internados em UTIs era superior a 8,7 mil e a taxa de ocupação de leitos de UTIs estava em 70,19%.
Na semana passada, o estado registrou queda de 10,7% no número de novos casos da covid-19 em relação à semana anterior, com uma média diária de 11.650 novos casos. Apesar de essa ser a quarta semana de queda consecutiva nesse indicador, o patamar de novos casos por dia ainda é muito superior ao que era registrado entre janeiro e fevereiro deste ano.
Também foi registrada queda de 14% no número de internações, com média móvel de 1.696 internações por dia, patamar também superior ao registrado entre janeiro e fevereiro deste ano. Essa foi a quinta semana consecutiva de queda nesse indicador. As mortes, por sua vez, caíram 26,1% na semana passada em relação à semana anterior, com uma média móvel de 373 mortes por dia, quarta semana consecutiva de queda. Neste ano, a menor média móvel diária de mortes foi registrada na primeira semana de janeiro, com 213 mortes por dia.
Apesar dessa queda nos indicadores, o Centro de Contingência do Coronavírus alertou a população paulista de que a pandemia ainda não está controlada no estado. Por isso, as medidas sanitárias de uso de máscara e distanciamento social ainda devem ser mantidas. O controle da pandemia só deve começar a ocorrer a partir de setembro, estimou o Centro de Contingência. E de forma gradual.
“Nós não estamos perto dessa volta à normalidade. Ela vai ser adquirida de forma gradual e está relacionada diretamente ao processo de imunização”, disse João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo.
“Quanto tivermos, em agosto, 100% da população acima de 18 anos já vacinada [no estado de São Paulo], isso significará que temos 80% da população do estado de São Paulo vacinada, já que 20% da população tem menos de 18 anos”, explicou Gabbardo. Segundo ele, essa população menor de 18 anos não costuma apresentar casos graves, mas é um grupo que se expõe bastante e pode aumentar a transmissibilidade do vírus.
O estado de São Paulo pretende vacinar adolescentes entre 12 e 17 anos de idade a partir do final de agosto, logo após encerrar a imunização da população adulta. Assim, o estado pode alcançar 84% de sua população vacinada, restando os 16% de crianças, cuja vacinação ainda não está prevista por falta de testes de vacinas com essa faixa etária.
“Acreditamos que, ao final do mês de setembro, com 84% da população [de São Paulo] vacinada, teremos o controle da pandemia. E é muito provável que a partir daí possamos flexibilizar algumas atividades que ainda não são possíveis”, disse Gabbardo.
Hoje pela manhã, o Instituto Butantan entregou mais 800 mil doses da vacina CoronaVac, contra a covid-19, ao Ministério da Saúde. Amanhã (15) devem ser entregues mais 200 mil doses do imunizante. Com essa entrega de hoje, o Butantan já liberou 54,149 milhões de doses de vacinas ao Ministério da Saúde. A expectativa do instituto é de que, até o final de agosto, um total de 100 milhões de doses dessa vacina sejam entregues para a pasta.
Fonte: Agência Brasil
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