Sofia Manzano defende investimentos em instituições públicas
A candidata à Presidência da República pelo PCB Sofia Manzano defendeu hoje (17) um sistema de saúde que seja 100% público. A proposta está incluída em seu plano de governo que tem como premissa o conflito de interesses entre a ideologia neoliberal e os direitos dos trabalhadores, da juventude e da população pobre. O dia da candidata é dedicado a entrevistas e à visita que fará à Associação Brasileira de Saúde Mental.
Sofia Manzano disse à Agência Brasil que sua candidatura "defende a expansão do sistema público de saúde, com a reversão das privatizações e revogação dos contratos de todas as organizações sociais de saúde (OSS) no setor, bem como estatização de todo o setor privado de saúde, incluindo a rede de assistência", disse ela referindo-se a hospitais, serviços ambulatoriais, de apoio diagnóstico e terapêutico.
Ela acrescenta que a medida incluirá também setores de pesquisa e produção de fármacos, imunobiológicos, hemoderivados e de insumos, indústria de material médico-hospitalar e de equipamentos. "Só uma saúde 100% pública pode colocar a vida acima dos lucros", argumentou.
A candidata disse que, se eleita, ampliará os investimentos públicos no setor de saúde, inclusive visando a expansão da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Butantã para outros estados. Para atingir este e outros objetivos, a ideia é investir o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em saúde pública.
Sofia acrescenta que seu programa prevê "a proibição das comunidades terapêuticas e o fortalecimento do SUS [Sistema Único de Saúde] dentro da perspectiva da luta antimanicomial".
Pela manhã, Sofia Manzano concedeu entrevista para a Revista Badaró. A agenda prevê uma atividade presencial na Associação Brasileira de Saúde Mental no início da tarde. Às 19h30, ela concederá entrevista ao Instituto de Educação Política e Cidadania.
No início da tarde, a candidata do PCB participou, na Associação Brasileira de Saúde Mental, na capital paulista, de uma atividade sobre a luta antimanicomial. Sofia Manzano defendeu a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Ministério da Saúde, e criticou as comunidades terapêuticas - entidades privadas, sem fins lucrativos, que realizam gratuitamente o acolhimento de pessoas com transtornos decorrentes do uso de substâncias psicoativas.
"As comunidades terapêuticas devem ser banidas. São prisões anticientíficas para o tratamento psíquico. Vamos reequipar e fortalecer a RAPS com extensão para todas as cidades, bairros e distritos do Brasil, com concurso público", disse.
Matéria atualizada às 17h47 para acréscimo de informação sobre participação da candidata em evento na Associação Brasileira de Saúde Mental.
Fonte: Agência Brasil
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